
O Ministério da Saúde do Brasil confirmou nesta quarta, 08/10, 24 casos de intoxicação e 5 óbitos em virtude do consumo de bebidas alcoólicas contaminadas com Metanol (álcool metílico), uma substância tóxica ao corpo humano que ao ser metabolizado forma o formaldeído e o ácido fórmico levando à depressão respiratória, acidose metabólica, podendo causar ainda lesão ocular (cegueira), insuficiência renal e morte.
A toxidade da substância é tão alta que pequenas quantidades podem ser letais (dezenas de mL, dependendo da concentração) e, infelizmente, o início dos sintomas pode ser confundido com embriaguez, atrasando a busca por atendimento adequado nas emergências de saúde.
Ainda de acordo com o Ministérios da Saúde, em relação aos óbitos, cinco foram confirmados em São Paulo e 11 seguem em investigação, sendo 1 em Mato Grosso do Sul, 3 em Pernambuco, 6 em São Paulo e 1 na Paraíba.
Os casos suspeitos em investigação concentram-se, em sua maioria, no estado de São Paulo (181 registros). Mas outros estados também passam por investigação:
- Pernambuco (24 casos),
- Paraná (5 casos),
- Rio de Janeiro (5 casos),
- Rio Grande do Sul (4 casos),
- Mato Grosso do Sul (4 casos),
- Piauí (4 casos),
- Espírito Santo (3 casos),
- Goiás (2 casos),
- Acre (1 caso),
- Paraíba (1 caso),
- Rondônia (1 caso).
Alerta aos consumidores e profissionais da saúde
Os primeiros sinais de intoxicação por metanol podem surgir entre 12 e 24 horas após o consumo e se confundem facilmente com os de uma ressaca. Entre eles estão dor abdominal, visão turva, confusão mental e náusea.
O Ministério da Saúde orienta que quem apresentar esses sintomas após ingerir bebida alcoólica procure atendimento médico imediato e informe que consumiu álcool, o tipo e o local da ingestão.
Profissionais de saúde devem comunicar casos suspeitos aos Centros de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), responsáveis pela notificação e suporte técnico. O Brasil conta com 32 unidades em 19 estados.
O antídoto indicado é o etanol farmacêutico, administrado sob controle médico em hospitais autorizados.
Com inf. Agência Brasil e Min. da Saúde